quarta-feira, novembro 12, 2008

Discussão

Obrigado Kikx pela chamada de atenção.
A discussão do Merrill Goozner é de facto muito interessante. Claro que estes mega estudos promovidos por companhias farmacêuticas têm que ter algum tipo de contrapartida. Não podemos ser ingénuos a ponto de acreditar que os resultados são uma verdade absoluta. No entanto, e por outro lado, são de facto esse tipo de estudos que por vezes abrem portas a novas descobertas, ou num sentido mais lato, nos levam a novas direcções. Pessoalmente, é isso que mais me interessa. Assim como a diabetes e a hipertensão estão intimamente relacionadas com o risco cardiovascular, quantas mais condições não poderão estar? E em quantas delas podemos intervir?

Uma das coisas em que fiquei a pensar quando li o estudo foi: "ok, a rosuvastatina é fixe. E as outras estatinas? Não poderão ter tanto ou mais efeito?" O que é certo é que a AstraZeneca conseguiu aquilo que muitas farmacêuticas tentam: amanhã, os doentes mais atentos à imprensa vão telefonar ao seu médico a pedir Crestor...

É uma perspectiva redutora da saúde, mas infelizmente todos sabemos que a saúde é um negócio. É difícil negá-lo. Sobretudo quando as notícias chegam do outro lado do Atlântico, onde não só é um negócio, como o é da forma mais selvagem e pouco escrupulosa.

Cientificamente não me sinto capaz de fazer a mesma avaliação que ele de um estudo. Mas prefiro ser optimista e acreditar que estes pequenos passos que vão sendo dados aprofundam o nosso conhecimento acerca das doenças e que, acima de tudo, fomentam a discussão =)

Sem comentários:

Tunes