Não sei se foi por ser 2ª feira, mas hoje não foi um dia nada fácil.
Eu que até andava muito contente com os transportes públicos do Porto, hoje tive uma bela amostra de como pode correr mal, e às vezes o utente até é mal-tratado. Apanhei o 200 perto de minha casa, em direcção ao Castelo do Queijo, mas, devido às corridinhas (que até fui espreitar no Domingo e gostei bastante) o autocarro parou a cerca de 500 metros do Castelo.
- então ficamos por aqui?
- sim, por causa do circuito da Boavista...
- mas está aberto! O autocarro podia ir até à Anemona para fazer a ligação ao 205!
- olhe, faça queixa!
fui a pé até à Anemona. Não que eu não goste de passear à beira-mar, mas às 9 da manhã, com um vento de cortar, e ainda por cima atrasado... enfim, reclamei para dentro e acelerei o passo.
Chegado a Matosinhos, fico à espera do 205 na paragem. O autocarro chega (passados 5 minutos, pelo que até fiquei contente), mas o motorista fechou a porta (para o seu descanso... também tem direito, pensei eu). Até que começa a arrancar, sem me abrir a porta! Atirei-me para a frente do autocarro!
- então e eu?
- aqui é o fim da linha! Se quiser subir a Circunvalação, tem que entrar no autocarro do outro lado da rotunda...
- neste mesmo autocarro?!?!?
- sim (com um sorriso maldoso)
Corri atravessando a rotunda.
Uma viagenzinha atribulada, hein?
Já na Faculdade, tratei de umas coisas que tinha a tratar, e agarrei-me novamente ao Harrison. Depois de 3 dias a marrar glomerulonefrites, decidi passar para as doenças hereditárias do rim e doenças tubulointersticiais renais.
O estudo correu bastante bem, fora a última meia-hora, em que com o cansaço comecei a confundir tudo - eram quase 8h da noite, hora de ir para casa.
Mal eu sabia na aventura que me estava a meter outra vez...
(continua)
Apanho o metro mais ou menos à porta do Hospital, para seguir em direcção à Av. dos Aliados, onde poderia apanhar o 200 para casa. Em 10 minutos estava a chegar ao centro do Porto. Subo as escadas da estação de metro e começo à procura da paragem do 200. Na Av. dos Aliados nada, na Praça da Liberdade, nada!
- ó pá, tá ali o 200! Corre!
...mas para onde? Corri, mas ele subiu a Rua dos Clérigos mais depressa que eu... Cansado, cheguei à paragem em frente à Igreja do Carmo, onde percebi que o 200 já não pára na Av. dos Aliados, mas sim na estação da Trindade (provavelmente para tornar os transportes intermodais de facto intermodais). Cansado, tinha de esperar mais 20 minutos pelo autocarro seguinte... enfim, foi azelhice minha, tive de me conformar.
(continua)
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